De acordo com dados do Banco Central do Brasil, o mercado de Instituições de Pagamento (IPs) teve um aumento de 12.700% nos últimos oito anos. Esse crescimento reflete um avanço significativo na inclusão financeira no país, já que, diferente dos bancos, as IPs oferecem serviços como processamento de pagamentos, emissão de moeda eletrônica e contas de pagamento, sem a necessidade de intermediação bancária, facilitando o acesso de pessoas e empresas a serviços financeiros, especialmente em áreas com menor presença de instituições bancárias tradicionais.
Essa democratização do sistema financeiro brasileiro, que permite que clientes desbancarizados, ou até negativados, efetuem e recebam pagamentos, é favorável também a instituições estrangeiras que desejam expandir suas operações ao país. Isso porque as IPs permitem uma atuação mais ágil e menos burocrática no mercado, além de oferecer soluções digitais que atendem à crescente demanda por serviços financeiros acessíveis.
Regulamentadas pelo Banco Central, por normas como a Lei 12.865/2013 e as Resoluções 80 e 21 de 2021, as IPs têm menos exigências regulatórias em relação aos bancos, o que torna o processo de autorização mais simples e ágil, com custos de operações menores, criando novas oportunidades para atender milhões de brasileiros que ainda estão fora do sistema bancário tradicional.